“A palavra é a minha quarta dimensão.”
“Escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever só esteja me dando a grande medida do silêncio.”
“Inútil querer me classificar. Eu simplesmente escapulo não deixando, gênero não me pega mais.”
“Vou crescendo com o dia que ao crescer me mata certa vaga esperança e me obriga a olhar cara a cara o duro sol.”
“Nesse âmago tenho a estranha impressão de que não pertenço ao gênero humano.”
“E sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico, fantástico e gigantesco: a vida é sobrenatural. E caminho segurando um guarda-chuva aberto sobre corda tensa. Caminho até o limite do meu sonho grande. Vejo a fúria dos impulsos viscerais: vísceras torturadas me guiam. Não gosto do que acabo de escrever – mas sou obrigada a aceitar o trecho todo porque ele me aconteceu.”
“E eu tinha resolvido que ia dormir para poder sonhar, estava com saudade das novidades do sonho.”
“Sou uma iniciada sem seita. Ávida do mistério.”
“Ocorreu-me de repente que não é preciso ter ordem para viver. Não há padrão a seguir nem há o próprio padrão: nasço.”
“Quanto à música, depois de tocada, para onde ela vai? Música só tem de concreto o instrumento. Bem atrás do pensamento tenho um fundo musical. Mas ainda mais atrás há o coração batendo. Assim o mais profundo pensamento é um coração batendo.”
“Lembrar-se com saudade é como se despedir de novo.”