“Somos todos animais egoístas, vis, rastejando pela Terra. Como temos miolos, esforçamo-nos e às vezes aspiramos a algo que não seja totalmente malévolo. Palavras de Gregory House.”
“'Pois você pode me dizer que tem fé em Deus para viver o dia, mas na hora de atravessar a rua, tenho certeza de que olha para os dois lados'. House está enfatizando a questão de que a fé pode proporcionar conforto ou nos fazer sentir bem, mas as questões práticas requerem razão e evidência.”
“O grande filósofo britânico Bertrand Russel (1872-1970) descreveu o valor desse estilo de vida e o valor da filosofia em geral: A filosofia deve ser estudada não para encontrar respostas definitivas às suas perguntas, uma vez que, via de regra, nenhuma resposta definitiva pode ter a garantia da certeza, mas sim pelas perguntas em si. Pois tais perguntas ampliam nossa concepção do que é possível, enriquecem nossa imaginação intelectual e diminuem a certeza dogmática que fecha a mente à especulação.”
“A primeira razão pela qual as pessoas despertam em nós sentimentos negativos é que elas representam obstáculos potenciais à nossa liberdade.”
“Temos tanto horror à nossa liberdade quanto fascínio por ela, somos tão ansiosos antes a falta de sentido quanto animados pela perspectiva de criá-lo, e temos tanto medo da vida quanto da morte.”
“Claro que ele quer estar certo. Todo mundo quer. Ele provavelmente diria que é mais franco quanto a isso do que as pessoas que valorizam a humildade.”
“O diálogo de ‘DRN’ sugere que ‘o que é certo’ não é uma questão de compreender o que é certo. Em outras palavras, não descobrimos o que é certo pensando ou acreditando, nem analisando. O certo, pelo contrário, é algo que fazemos ou realizamos. Mais que isso, o certo é descoberto somente por meio da ação e reconhecido apenas como resultado dela. Portanto, o que alguém pensa que é correto ou incorreto importa menos que realizar as ações corretas.”
“Acreditar que nossa teoria é a melhor possível, sem examinar muito bem todas as evidências, é a pior venda que podemos colocar nos olhos. O melhor guia nas mudanças que ocorrem na vida é nossa habilidade para refletir até chegar a novas conclusões, quando enfrentamos contradições ou ignorância. Mas, para usarmos a razão da maneira apropriada, precisamos antes perceber que há algo que não sabemos.”
“House está dizendo a Foreman que a dúvida só impede uma pessoa de fazer algo que a ajude a encontrar a verdade. Precisamos aceitar o risco de estarmos errados, se quisermos estar certos! Se descartarmos nossa melhor hipótese ao primeiro sinal de problema, jamais iremos a lugar algum com nossas opiniões, porque sempre existirão alguns elementos não explicados...”
“É por isso que, quando temos uma hipótese baseada naquilo que pensamos saber, precisamos que os outros nos desafiem, que nos interroguem. Precisamos ser questionados para descobrir se partimos da suposição errada, se usamos evidências suficientes para sustentar nossa conclusão, ou se escolhemos nossa hipótese com base em preconceitos pessoais inaceitáveis – mas, talvez, imperceptíveis.”
“Como podemos ter certeza de que sabemos dos fatos? Frequentemente, nossas crenças estão tão enraizadas em nosso modo de pensar que nem sequer as notamos.”
“Assim como Sócrates e House, precisamos que as pessoas nos forcem a nos confrontar com nós mesmos. Se os outros concordam conosco ou concordam em ‘discordar de nós’ para não nos envolver num debate, permanecemos confinados em nossa pequena realidade.”
“A originalidade é algo que as mentes não originais não conseguem ver como útil. Não conseguem ver do que ela é capaz: e como poderiam? Se pudessem ver do que ela é capaz, não seria originalidade. O primeiro serviço que a originalidade tem a lhes prestar é abrir-lhe os olhos: se isso fosse feito, elas teriam uma chance de ser o que são, originalmente. Enquanto isso, recordando que nada jamais foi feito sem que alguém o fizesse pela primeira vez, e que todas as coisas boas que existem são frutos da originalidade...”
“Nesta era, o mero exemplo de não-conformidade, a mera recusa em se ajoelhar diante do costume, é em si um serviço. Justamente porque a tirania da opinião reprova a excentricidade é que as pessoas devem ser excêntricas. A excentricidade sempre existiu em abundância quando e onde a força do caráter assim também existia; e o nível de excentricidade em uma sociedade costuma ser proporcional ao gênio, do vigor mental e da coragem moral nela contidos. O fato de tão poucos ousarem hoje ser excêntricos assinala o principal problema de nossos tempos.”
“Apesar de egomaníaco, House se importa mais com a verdade do que em saber que sempre está certo.”