“O que acontece, por exemplo, quando você morde uma barra de chocolate? (...) Se um cientista retirasse a tampa do seu crânio e olhasse o interior do seu cérebro enquanto você come a barra de chocolate, a única coisa que ele veria é uma massa cinzenta de neurônios. Se ele usasse instrumentos para medir o que acontece ali dentro, detectaria vários processos físicos diferentes e complexos. Mas encontraria o sabor do chocolate? Ao que parece, ele não o encontraria no seu cérebro, porque sua experiência de saborear o chocolate está de tal forma trancada dentro da sua mente que não pode ser observada por ninguém – mesmo que ele abra seu crânio e examine dentro do seu cérebro. Suas experiências estão no interior da sua mente com um tipo de interioridade que é diferente do modo como seu cérebro está no interior da sua cabeça.”
“Se o que acontece na experiência está no interior da sua mente de um jeito diferente do que acontece no seu cérebro, parece então que suas experiências, bem como seus diferentes estados de espírito, não podem ser meros estados físicos do cérebro. Você deve ser algo mais do que um corpo dotado de um buliçoso sistema nervoso.”
“Parece haver dois tipos muito distintos de coisas que acontecem no mundo: as coisas que pertencem à realidade física, que muitas pessoas podem observar de fora, e as coisas que pertencem à realidade mental, que cada um de nós experimenta interna e individualmente.”
“Pode ser que haja mais sobre o mundo do que a ciência é capaz de entender.”
“As pessoas que aceitam a moral, de modo geral, divergem muito acerca do que é particularmente certo e errado.”
“Visto de fora, você não tem tanta importância quanto tem para si mesmo, visto de dentro – já que de fora você não é mais importante do que ninguém.”
“Se existe algum sentido naquilo que fazemos, temos de encontrá-lo em nossas próprias vidas.”
“A idéia de Deus parece ser a idéia de algo que pode explicar tudo, sem precisar ele próprio de explicação. É muito difícil, porém, entender tal coisa. Se perguntamos: ‘Por que o mundo é assim?’, e nos oferecem uma resposta religiosa, como podemos evitar de perguntar de novo: ‘E porque isso é verdade?’Que tipo de resposta poria fim a todos os nossos ‘por ques’ de uma vez por todas?”