“– Não contem para ninguém, mas no dia em que o deus-sol Rá é venerado pelos pagãos, eu me ajoelho aos pés de um antigo instrumento de tortura e consumo símbolos ritualísticos de sangue e carne.
A turma toda fez uma cara horrorizada.
Langdon deu de ombros.
– E, se algum de vocês quiser se juntar a mim, vá à capela de Harvard no domingo, ajoelhe-se diante da cruz e faça a santa comunhão.
A sala continuou em silêncio.
Langdon deu uma piscadela.
– Abram a mente, meus amigos. Todos nós tememos aquilo que foge à nossa compreensão.”
“Quanto mais o homem aprendia, mais se dava conta da sua ignorância.”
“– E se eu dissesse a você que o pensamento, qualquer ideia minúscula que se forme na sua mente, possui uma massa? E se eu lhe dissesse que um pensamento é uma coisa de verdade, uma entidade mensurável, com uma massa mensurável? Minúscula, é claro, mas ainda assim uma massa. Quais seriam as implicações disso?
– Hipoteticamente falando? Bem, as implicações óbvias seriam: se um pensamento tem massa, então ele exerce uma força de gravidade e pode atrair coisas para si.
Katherine sorriu.
– Você é boa. Agora avance mais um pouco. O que acontece se muitas pessoas começam a se concentrar no mesmo pensamento? Todas as ocorrências desse pensamento passam a se consolidar em uma só, e a massa acumulada dele começa a aumentar. Portanto, sua gravidade aumenta.
– Certo.
– O que significa que... se um número suficiente de pessoas começa a pensar a mesma coisa, então a força gravitacional dessa ideia se torna tangível e exerce uma força de verdade. – Katherine deu uma piscadela. – E ela pode ter um efeito mensurável no nosso mundo físico.”
“No meu trabalho, nós aprendemos que a fronteira entre insanidade e genialidade é tênue.”
“A aceitação generalizada de uma ideia não é prova de sua validade.”
“– E os seus alunos não acham perturbador o fato de os maçons meditarem em meio a caveiras e foices? – Perguntou Sato.
– Não mais do que os cristãos rezando aos pés de um homem pregado na cruz, ou do que os hindus entoando cânticos diante de um elefante de quatro braços chamado Ganesha. A má compreensão dos símbolos de uma cultura é uma fonte comum de preconceito.”
“A maioria dos cristão querem o melhor dos dois mundos. Eles querem poder declarar orgulhosamente que creem na Bíblia, mas simplesmente preferem ignorar as partes que consideram difíceis ou inconvenientes demais para acreditar.”