"Ele diz que venderam às pessoas tantos carros, máquinas de lavar e televisores quanto podiam. Diz que a Patrulha da Força Aérea e os abrigos de bombas não servem para nada, por isso as pessoas nunca têm acesso a tudo o que poderiam usar. Diz que as fábricas vão continuar produzindo armas e máscaras de gás para sempre e que, enquanto as pessoas tiverem medo, vão continuar pagando, porque pensam que podem morrer se não fizerem isso; que talvez um homem se sinta cansado de pagar por um novo carro todos os anos e pare, mas nunca vai parar de comprar abrigos para proteger seus filhos."
"Essa brincadeira é mais vantajosa do que vender carros e televisores para as pessoas. Nós temos que comprar esse tipo de coisa. Não é um luxo, algo grande e vistoso para impressionar os vizinhos, algo que a gente pudesse viver sem. Se não comprarmos isso, nós morremos. Eles sempre disseram que para vender alguma coisa era preciso criar ansiedade nas pessoas. Criar um sentimento de insegurança, dizer a elas que cheiram mal ou têm um ar esquisito. Mas isso transforma desodorantes e óleos capilares em piada. Você não tem como escapar. Se não comprar, eles tem matam. O discurso de vendas perfeito. Compre ou morra, um novo slogan. Tenha um abrigo de bombas de hidrogênio da General Eletronics novinho em folha em seu quintal ou seja executado."