“Tudo o que somos é resultado do que pensamos. Tudo é fundado no pensamento.”
“O que o pensador pensa, o demonstrador comprova.”
“Acreditar ou convencer a si mesmo significa fazer o que um ator faz: finja até que o fingimento apreça real. Finja até conseguir.”
“A maioria das pessoas é quase tão mecânica quanto robôs de ficção científica. (...) As pessoas estão dormindo e tendo pesadelos. (...) A esses primeiros cristãos, assim como aos budistas, despertar significava literalmente sair desse pesadelo de fantasias aterrorizadoras.”
"Como boa parte do comportamento primata era considerada simplesmente horrível, a maioria dos primatas domesticados [humanos] passava a maior parte do tempo tentando esconder o que estava fazendo."
"Não deveria ser surpresa que a maioria das pessoas, na maior parte do tempo, é controlada pelos antigos circuitos reptiliano e mamífero que pelo circuito semântico humano (racional), ou que esse circuito semântico seja tão facilmente desvirtuado em falsas lógicas (preconceitos, ideologias, fanatismo) quando o circuito da biossobrevivência assinala ameaça à vida ou no momento em que o circuito emocional assinala ameaça ao status."
"A razão é uma prostituta, ou seja, o circuito semântico é notoriamente vulnerável à manipulação pelos circuitos mais antigos e primitivos."
"Quem quer que consiga amedrontar as pessoas o suficiente (produzir ansiedade de biossobrevivência) pode vender a elas rapidamente qualquer mapa verbal que lhes pareça dar alívio, ou seja, curar a ansiedade. Ao assustar as pessoas com o Inferno e depois oferecer-lhes a salvação, as pessoas mais ignorantes ou desonestas podem vender um sistema inteiro de pensamento que não resiste a dois minutos de análise racional. E qualquer macho alfa entre os primatas domesticados, embora cruel e desonesto, pode reunir a tribo primata atrás de si ao urrar que um rival macho alfa está prestes a conduzir sua gangue a um ataque contra esse habitat. Esses dois reflexos mamíferos são conhecidos, respectivamente, como religião e patriotismo. O circuito territorial-emocional ou patriótico também contém os programas de status no bando ou sua ordem. Funcionando em conjunto com as necessidades de biossobrevivência do primeiro curcuito, ele é sempre capaz de perverter o funcionamento do circuito racional-semântico. O que quer que ameace a perda de status e o que quer que invada o espaço de alguém (inclusive o espaço intelectual ideológico de alguém) é uma ameaça ao primata domesticado mediano. Assim, se um homem pobre tem um status apropriado em sua vida – 'Sou um homem branco, não um maldito negro' ou 'Sou normal, não um maldito veado' ou o que seja – qualquer tentativa de pregar tolerância, humanidade em comum, relativismo, etc, não é processada pelo circuito semântico, mas por meio do circuito emocional, e é rejeitado como um ataque ao status (ego, papel social)."
"A criança é geneticamente preparada para aprender qualquer língua, dominar qualquer habilidade, assumir qualquer papel sexual; em um período bem curto, entretanto, ela está mecânica e roboticamente pronta a aceitar, seguir e imitar as ofertas limitadas de seu ambiente social e cultural. Nesse processo, cada um de nós paga um preço alto. Sobrevivência e status significam privar-se das infinitas possibilidades da consciência não condicionada. O primata domesticado, dentro do túnel de realidade social, é um fragmento insignificante dos potenciais da inata experiência e inteligência do biocomputador humano de 110 bilhões de células. (...) Mas enquanto permanecermos nos circuitos antigos, não somos muito diferentes dos insetos. Ou seja, assim como os insetos repetem seu programa de quatro estágios (ovo, larva, crisálida, adulto) de geração a geração, assim também nós repetimos nosso ciclo de quatro estágios. os circuitos antigos são conservadores geneticamente. Eles asseguram a sobrevivência e a continuação da espécie, nada mais. Para a evolução futura devemos olhar para os circuitos futuristas."
"Os métodos tradicionais de educação infantil são bem lógicos, pragmáticos e salutares, parecendo cumprir o real propósito da sociedade, que não é o de criar uma pessoa ideal, mas criar (embotar) um semirrobô que imita a sociedade o mais próximo possível da perfeição – tanto nos aspectos racionais quanto nos irracionais, tanto como repositório do conhecimento do passado quanto como soma total da ignorância e das crueldades do passado. Colocado de maneira bem simples, uma pessoa totalmente consciente, alerta e desperta (não "lobotomizada"), não se enquadraria muito bem em qualquer dos papéis padrão que a sociedade oferece; enquanto o produto danificado e robotizado da educação infantil tradicional é o que realmente se enquadra nestes papéis."
"A maioria das pessoas não é encorajada a ser muito esperta e, em vez disso, é fortemente programada para ser comparativamente tola. Essa é a programação necessária para enquadrá-las nos trabalhos mais tradicionais. Seu circuito de biossobrevivência funciona tão bem quanto na maioria dos animais, seu circuito territorial-emocional é tipicamente primata, e elas tem pouca 'mente' do terceiro circuito com o qual verbalizar (racionalizar). Naturalmente, e de maneira geral, elas votam para o charlatão que consegue ativar os medos primitivos da biossobrevivência e a belicosidade territorial (patriótica)."
"Somos todos gigantes, criados por pigmeus, que aprenderam a andar em perpétua submissão mental."
"Carl Jung, o psicólogo, e Wolfgang Pauli, o físico, tinham um nome para coincidências peculiares de caráter misterioso. Eles a chamavam de sincronicidade e diziam que representavam um princípio não casual e/ou holístico da natureza que age fora do tempo linear passado-presente-futuro de Newton."
"A sociedade humana como um todo é uma vasta máquina de lavagem cerebral cujas regras semânticas e papéis sexuais criam um robô social. (...) A sociedade sempre soube como conectar crianças. (...) Cada geração executa a lavagem cerebral da geração seguinte."
"Quando o primeiro circuito detecta perigo, todas as outras atividades mentais cessam."
"Os problemas do mundo moderno surgem do fato de que esses túneis de realidade não estão mais isolados uns dos outros. Durante a maior parte da história humana e até cem anos atrás – até 20 anos atrás, em algumas partes do mundo –, um homem ou mulher poderia passar sua vida inteira confortavelmente dentro do casulo do túnel de realidade local. Hoje, todos nós colidimos constantemente com pessoas vivendo em túneis de realidade fantasticamente diferentes. Isso cria muita hostilidade por parte dos ignorantes, enorme confusão metafísica e ética por parte dos mais sofisticados e uma desorientação crescente em todos."
"Cada um de nós está preso no túnel de realidade (presunção-consumação) que seu cérebro fabricou. Não o vemos nem o percebemos como um modelo criado pelo nosso cérebro. Nós, automática, inconsciente e mecanicamente o enxergamos e o sentimos ali presente, separado de nós, e o consideramos objetivo. Quando conhecemos alguém cujo túnel de realidade é obviamente bem diferente do nosso, ficamos um pouco assustados e sempre desorientados. (...) Ainda assim, é neurologicamente óbvio que não existem dois cérebros com o mesmo programa genético, com as mesmas cunhagens, com o mesmo condicionamento ou com as mesmas experiências de aprendizado. Todos nós vivemos em realidades separadas. É por isso que a comunicação falha com tanta frequência e desentendimentos e ressentimentos são tão comuns."
"O que eu vejo com meus olhos fechados ou com meus olhos abertos é a mesma coisa: circuito cerebral."
"Quando uma mudança de paradigma ocorre – quando, de uma maneira de ver as coisas passamos a enxergá-las de outra – o mundo inteiro é refeito. Tudo o que sabemos é o que o nosso cérebro registra; assim, o que você percebe (seu túnel de realidade individual) é somente composto de pensamentos."
"O que você é o que você pensa ser é uma criação editada e dirigida pelo seu cérebro."
"A instabilidade nem sempre é ruim: na verdade, é absolutamente necessário que a evolução ocorra. As sociedades de insetos são altamente estáveis e não evoluíram absolutamente nestes vários milhões de anos. As sociedades humanas são altamente instáveis e estão em contínua evolução."
"Foi pela contemplação da história religiosa que Voltaire foi levado à sua conclusão de que a estupidez humana se aproxima do infinito. O estudo da política dificilmente é mais inspirador. Vamos apenas resumir o assunto dizendo que a estupidez assassinou e aprisionou mais gênios (e mais pessoas comuns), queimou mais livros, massacrou mais povos e bloqueou o progresso de modo mais efetivo do que qualquer outra força na história. Pode não ser exagero dizer que a estupidez matou mais pessoas do que todas as doenças conhecidas da medicina e da psiquiatria. Inteligência é a capacidade de receber, decodificar e transmitir informação de modo eficiente. Estupidez é o bloqueio desse processo em qualquer ponto. Intolerância, ideologias, etc. bloqueiam a habilidade de receber; túneis de realidade robóticos bloqueiam a habilidade de decodificar ou de integrar novos sistemas; censura bloqueia a transmissão. (...) Se a estupidez humana pudesse ser diminuída de forma geral, haveria menos oposição ao pensamento original e novas abordagens para os nossos velhos problemas, assim como menos censura e menos intolerância. Se a estupidez diminuísse, menos dinheiro seria desperdiçado em vastas imbecilidades organizadas como a corrida armamentista e mais dinheiro estaria disponível para projetos que dizem respeito à melhoria de vida."
"Precisamos de mais atividade mental e menos munição. Os jogos políticos mamíferos do segundo circuito são um milhão de anos obsoletos."
"Aproximadamente 50% da raça humana ainda não evoluiu completamente no terceiro circuito. Ou seja, embora esses indivíduos possam trocar sinais primitivos e lidar com artefatos primitivos, eles ainda estão operando mormente no circuito emocional mamífero e no circuito da biossobrevivência pré-mamífera."