“A publicidade despende dezenas de milhares de dólares para mostrar uma estrela de cinema usando água de colônia que, na verdade, deseja vender às apaixonadas sem grana e às secretárias românticas do mundo inteiro. Tenta induzi-las em nome de um sonho burguês inacessível. A publicidade não vende produtos nem idéias, mas um modelo falsificado e hipnótico da felicidade.”
“É preciso seduzir o grande público com um modelo de existência cujo padrão exige uma renovação constante do guarda-roupa, dos móveis, televisão, carro, eletrodomésticos, brinquedos das crianças, todos os objetos do dia-a-dia. Mesmo que não sejam verdadeiramente úteis.”
“A publicidade oferece aos nosso desejos um universo subliminar que insinua que a juventude, a saúde, a virilidade, bem como a feminilidade, dependem daquilo que compramos.”
“Essa publicidade, feita para vender, na verdade o está comprando.”
“Todas as guerras terminam em cemitérios.”
“Dize-me o que te incomoda e te direi quem és.”
“Se você não se coloca em perigo, se não ousa ir na direção do desconhecido, não poderá senão recriar o que já existe, submeter-se aos lugares-comuns e aos hábitos.”
“Hoje em dia, o público acredita no que vê na televisão, nos telejornais, nos programas, nos anúncios. Aderem-se à verdade de uma imagem do jornal televisado, sem que se tenha assistido à ação diretamente. Tudo ganhou novas roupagens na montagem, foi transformado pelo enquadramento, acelerado, desacelerado.”
“É preciso parecer-se com o mundo de imagens dos anúncios para ver-se classificado dentro das normas sociais, reconhecido conforme, integrado, real.”
“A publicidade nos ensina como nos comportar na sociedade de consumo. (...) Essa formação se constitui, sem que o saibamos, de modo inconsciente, ela impõe seus critérios, sua normalidade, ela molda nossos gostos, nossos reflexos. Tornamo-nos todos filhos da publicidade.”