“– (...) Tratam de Deus tal qual era há centenas de anos, não de Deus como é agora.
– Mas Deus não muda.
– Acontece que os homens mudam."
“Dizem que é o medo da morte, e do que vem depois da morte, que leva os homens a voltar-se para a religião à medida que os anos se acumulam. (...) Sim, voltamo-nos inevitavelmente para Deus, pois esse sentimento religioso é por natureza tão puro, tão delicado para a alma que o experimenta, que compensa todas as nossas outras perdas.”
“– E então o senhor acha que não existe Deus?
– Ao contrário, penso que muito provavelmente ele existe.
– Então por que...?
Mustapha Mond atalhou-o.
– Mas ele se manifesta de modo diferente a homens diferentes. Nos tempos pré-modernos, manifestava-se como o ser descrito nesses livros. Agora...
– Como se manifesta ele agora? – perguntou o Selvagem.
– Bem, ele se manifesta como uma ausência; como se absolutamente não existisse.”
“Como se nós acreditássemos em alguma coisa, seja o que for, por instinto! Cremos nas coisas porque somos condicionados a crer nelas. (...) As pessoas crêem em Deus porque foram condicionadas para crer em Deus.”
“– Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade, quero o pecado.”